Tuesday, October 26, 2010

BIJLMERMEER



Matéria publicada no HET PAROOL 10-12-2006 

Antes de vir morar no centro de Amsterdã, eu morava no Bijlmemeer. Achei esta matéria no jornal e venho toscamene traduzi-la aqui pra vocês. 





Há 40 anos atrás foi posta a primeira pedra para o Bijlmermeer, uma expansão de Amsterdã. 40.000 casas ofereceriam lugar às novas pessoas, na procura por espaço, verde, aquecimento central. Mas a realidade tornou-se uma surpresa: falta de dinheiro fez com que o desenho urbano sofresse de todos os lados e no lugar das esperadas famílias das áreas de renovaçao da cidade, vieram os artistas, homosexuais e sacerdotes perdidos encontrar um lugar seguro no bairro do futuro.


O urbanista Siegfried Nassuth, que morreu há alguns anos atrás, conviveu bastante com a destruição do sua criação, o Belmermeer. 
Os característicos prédios altos foram demolidos e deram espaço a ordenadas casas pra uma família, sem gosto e sem sal. 
Nassuth não gostou na verdade, mas também ele não se sentia azedo por isso, em 1998 ele foi reconhecido por seu trabalho com o honroso prêmio dos Fundos de Artes Plásticas. 

O desenho do novo bairro, foi uma reação à criação do bairro Westelijk Tuinsteden, onde as pessoas reclamaram da falta de espaço, sem aquescimento central, a falta de verde e a presença maciça de carros. 

O Belmer ganhou muito espaço, com amplas moradias e muito verde e caminhos separados pra pedestres, bicicletas e carros. 

Em 1966 quando o primeiro alicerce foi erguido, começou o recrutamento das famílias oriundas das zonas de renovação da cidade. O município tinha planos para a demolição de 50.000 casas até o ano 2000. Por isso, mais de 10.000 casas seriam necessárias pra atender a nova demanda, sendo construídas nas bordas da cidade, no Norte, em Amstelveen e no Bijlmer. 

As novas construçoes do Bijlmer deveriam alojar 100.000 pessoas, provendo uma vizinhança verde e segura, com muitas conveniências coletivas. 

Este último seria muito importante e espelhava a estimativa dos anos 60 e 70, onde um novo ser humano surgiria. E esta nova pessoa teria necessidade não somente a aquecimento central, espaço, mas também atividades diversas e desenvolvimento. 

Os planos urbanos planejavam um espaço comunitário onde se realizaria cursos de macramê, se prepararia quitutes surinamês ou se organizaria protestos controu um ou outro mal. 

Mas a realidade mostrou-se por todos os lados ao contrário. 
Já no começo das construções havia muita gente contra e não havia dinheiro suficiente pra executar todo o plano. 

A falta de dinheiro levou a mudanças drásticas dos planos. Nos originais, os prédios deveriam possuir apenas 6 andares para moradia, o que se tornaram 10 no final, sacrificando as conveniências coletivas e a rua interna. 

No início deveria haver um elevador pra casa 45 apartamentos, o que veio a ser 1 para cada 100! 
Dessa maneira, ficou fácil prever os problemas: O uso intensivo dos elevadores provocaria quebras constantes. E se um elevador quebrasse, isso levaria ao uso mais intensivo de um outro, que também quebraria. 




E também com a população do Bijlmer, aconteceu algo diferente do que foi esperado. Ao invés das famílias com crianças, parece que a nova área habitacional tinha um poder de atração sobre tipos excepcionais, casos raros, como descreveria a município anos mais tarde numa avaliação do projeto. 


Pessoas ajuntadas, não poderiam se inscrever em lugar nenhum de Amsterda, com excessao do Bijlmer. Artistas, jornalistas, homo's e sacerdotes descarrilhados encontravam seu refúgio no Belmer. 

E mais tarde vieram grandes hordas de imigrantes surinames, antilhanos e africanos. 




Em 1992, em outubro, eu me mudei pro Bijlmer. Exatamente no dia em que aconteceu o acidente de avião lá. 
Na verdade o acidente aconteceu por minha causa. 
Eu, com a  minha presença maligna e vampiresca, atraio catástrofes. Por exemplo, sempre que eu vou a Florianópolis, a maré enche, o vento sopra forte. 


Na primeira vez que fui a Nova Iorque, um mês depois de eu ter estado lá, aconteceram os terríveis ataques às torres gêmeas.



E no caso do Belmer, no dia da minha mudança, um avião caiu sobre um dos prédios, causando o estrago que é mostrada abaixo:



 



Foto bijlmerramp 1992 --- Copyright 1992 by Ruud
Deze foto is genomen op maandag 5 oktober 1992 's-avonds om ongeveer 18.00 uur.

Copyright 1992 by Ruud



Abaixo, foto do prédio onde eu vivi, ao mesmo estilo do prédio atingido acima.





Tuesday, October 05, 2010

Develstein

Develstein

The Green grass is taking over where in the past there was a huge concrete building.
What will come next?
A new neighbourhood will claim again the area where the grass now is.
The new people that will come to live here, maybe will never think about all the lives that have developed in the building that once stood here.

The people who lived on this building, maybe will never come back to see it again, and if they do, will be hard to recognize where they once lived.

I register with my camera so in the future everytime I come over here, I can still have a picture about how things were in the past.

My 15 years hanging around in this area is not going to go away that easy.